quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Limites entre placas


Limites entre placas

Vejamos então o que acontece nos limites entre placas. As placas podem colidir (chocar), afastar-se ou deslizar umas em relação às outras. Consoante o tipo de movimento podem distinguir-se 3 tipos de limites: Convergente, Divergente e Transformante.

Limite Divergente

As placas afastam-se em direções opostas.
Forma-se um rifte e constrói-se fundo do oceano na zona onde as placas se afastam.




Inicialmente os riftes são dentro dos continentes mas depois, com o tempo, o afastamento é tão grande que se forma um oceano entre as duas partes que se afastam.



Animação 1 (National Geographic)- (link)
Animação 2 - (link)

Se procurares no google maps a crista médio-atlântica (no fundo do oceano, mesmo entre a África e a América do Sul), esta estende-se desde o pólo norte até quase ao pólo sul, precisamente a meio dos continentes que Wegener disse que tinham estado juntos.

Em África, está a formar-se um rifte ainda no continente, que corresponde à zona dos grandes lagos. Também a Islândia, localizada mesmo a meio da dorsal médio-atlântica, se está a separar. Em alguns locais já existe mesmo entrada da água do mar.


Limite convergente

As placas colidem (chocam) uma com a outra.
Pode formar-se uma fossa oceânica ou uma cadeia de montanhas, dependendo das placas que colidem.
A ocorrência de sismos também é frequente.



Na prática o resultado final é diferente consoante o tipo de placas que estão a colidir. Geralmente a placa oceânica tem tendência a afundar e a continental a enrugar e formar montanhas. Vejamos então caso a caso.


Se uma placa oceânica colidir com outra, forma-se uma zona de subducção, como já viste na ficha, formando-se uma fossa. As rochas vão sendo fundidas à medida que se deslocam para o interior da Terra e pode formar-se um arco de ilhas vulcânicas. A fossa das Marianas, o local mais profundo do planeta, resulta da colisão de duas placas oceânicas.


Podes ver uma animação de duas placas oceânicas a colidir neste link




Se uma placa continental colidir com outra, há elevação da crosta nas duas placas. A crosta continental enruga e forma-se uma cadeia montanhosa. É o caso dos Himalaias, que resultam da colisão da placa Indo-Australiana com a Euro-Asiática. O Evereste, o ponto mais alto do planeta, localiza-se nesta cordilheira.

Podes ver aqui ou aqui como se formaram os Himalaias 






Se uma placa continental colidir com uma oceânica forma-se uma fossa, na zona onde a placa oceânica mergulha debaixo da continental. A placa continental enruga formando-se uma zona montanhosa que pode ter vulcões devido ao magma que sobe até à superfície. É o caso da cordilheira dos Andes, que se forma na zona onde a placa de Nazca (oceânica) mergulha sob a placa sul-americana (continental). Lá podem encontrar-se vulcões como o Nevado del Ruiz ou o Chaitén.




Limite transformante

As placas deslizam lateralmente entre si.
Forma-se uma falha.



Animação neste link.

O limite transformante mais famoso é o limite entre a placa Pacífica e a placa Norte-Americana, onde se formou a Falha de Santo André. O movimento entre estas duas placas é responsável pela grande quantidade de sismos que ocorre na região e na paisagem é possível ver as consequências da deslocação das placas uma em relação à outra.

 Localização no mapa da falha de Santo André e pomar de laranjeiras que originalmente foram plantadas em filas geometricamente perfeitas. A deslocação das árvores foi devida ao movimento da falha.


Neste link encontrarás um resumo do que acontece nos limites entre placas litosféricas.



Não te esqueças de que a Terra não aumenta de tamanho. 
  •  Nos limites divergentes há formação de litosfera, porque se forma fundo oceânico entre os continentes, por isso se chamam limites construtivos.
  • No entanto, esse aumento é compensado pelos limites convergentes, ou destrutivos, pois nessas zonas há encurtamento da litosfera, seja pelo enrugamento da formação de montanhas ou pela destruição da placa que mergulha na zona de subducção.
  •  Os limites transformantes também são chamados de conservativos, pois não se verifica nem formação nem destruição da litosfera.