sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Extinção do Permiano-Triássico - [3 de 3] - A Maior de Todos os Tempos - History

Extinção do Permiano Triássico - (The Day The Earth Nearly Died) - BBC - Discovery Channe

Extinção Permo-Triássica - Documentário - BBC - Discovery Channel (Dublado)    
          
Veja o documentário inteiro, apesar de dividido em partes no Youtube, aqui ele passará completo como se fosse apenas um único Vídeo:

Extinção do Permiano

 
Por Juliana, Grupo Escolar
A extinção do Permiano aconteceu no fim da era Paleozóica, há cerca de 251 milhões de anos. O episódio foi a extinção em massa mais severa que a Terra já viveu.

Aproximadamente 95% de todas as espécies marinhas e 70% de todas as espécies terrestres morreram.


Uma das hipóteses levantadas para explicar esse fato diz que a extinção esteve relacionada com a
evolução dos oceanos e com a formação do supercontinente Pangea, que ocasionou o desaparecimento de vários habitats.

No entanto, a teoria mais aceita por cientistas chama-se
“Hipótese da arma de clatratos”, que afirma que uma erupção vulcânica gigantesca teria acontecido na Sibéria. Com isso, houve a liberação de enormes quantidades de dióxido de carbono, o que teria acelerado o efeito estufa e aumentado a temperatura da Terra em até 5 graus.

A BBC de Londres produziu um documentário sobre a Extinção do Permiano, ou Extinção Permo-Triássica.

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Um prelúdio ao fim dos tempos?


O prognóstico maia para o fim do mundo e a sua procedência do ponto de vista geológico. Será mesmo possível que o fim dos tempos tenha hora marcada para 2012? A previsão maia é tão acurada que o “dia-d” dar-se-ia, segundo cálculos, exatamente em 21 de dezembro desse ano. Se isso for verdade, você teria apenas 10 meses para realizar seus maiores anseios em vida e além do mais, aproveitar seu o último carnaval…

Mas mantenha a calma. Não é necessário pânico… ainda.
Vamos destrinchar essa história e entender se realmente há motivo para preocupar-se e aproveitar esses 10 meses como se fossem os últimos de sua existência.
Este post será dividido em 2 partes. Na primeira daremos uma breve introdução ao assunto – quem são os maias e que história é essa de fim do mundo – e na segunda, entraremos em algumas minúcias geológicas….
_________________________________________________________________________

Para começar, quem foram “os Maias” e porque dão tanto crédito para ‘esses caras’?

Pirâmide maia
 civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, famosa por sua notável língua escrita, arte, arquitetura, matemática e astronomia. Seu império se estendia desde Honduras até o México, passando por El Salvador, Guatemala e Belize.
No seu auge, foi uma das sociedades mais densamente povoadas e culturalmente dinâmicas do mundo. Possuíam uma religião politeísta e adoravam deuses relacionados a natureza.
Arte maia
Ergueram notáveis pirâmides e templos, que ainda hoje surpreendem pelo grande avanço arquitetônico. Além disso, elaboraram um eficiente e complexo calendário, que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano, possuíam um estudo astronômico evoluído e, no campo da matemática, desenvolveram as casas decimais e o valor do zero.
Durante a chegada dos espanhóis, a civilização já lidava com os seus próprios conflitos internos. No momento da chegada dos europeus, no século XVI, as cidades maias já haviam abandonado seu período de esplendor e grandeza. A erosão do solo, a degradação ecológica, a crise demográfica e a fragmentação do poder dos reis figuram como a combinação de causas que podem explicar a situação de crise atravessada por essa cultura.

O Calendário Maia

O calendário
Graças à exatidão de seu calendário, considerado o mais perfeito entre os povos mesoamericanos, os maias eram capazes de organizar suas atividades cotidianas e registrar simultaneamente a passagem do tempo e os acontecimentos históricos, políticos e religiosos que consideravam cruciais a sua sociedade.
Entre os maias, um dia qualquer pertence a uma quantidade maior de ciclos do que no calendário ocidental. O ano astronômico de 365 dias, denominado Haab, era acrescentado ao ano sagrado de 260 dias chamado Tzolkin. Ambos formavam ciclos, ao estilo de nossas décadas ou séculos, mas contados de vinte em vinte dias, ou integrados por cinqüenta e dois anos.
Quanto ao “dia zero” deles, este aparentemente corresponderia ao nosso dia 12 de agosto de 3113 a.C. Não se sabe ao certo o que aconteceu nesta data, mas provavelmente era um dia mítico na história desse povo. A partir desta data, os ciclos se repetiam.
Apesar de bem estruturado, a forma do calendário maia cria alguns problemas de tradução para as datas de nosso calendário. Eles eram, simultaneamente, textos de história e também de predição do futuro. Na perspectiva desse povo, passado, presente e futuro estariam em uma mesma dimensão.
Os historiadores contemporâneos freqüentemente recorrem às profecias para conhecer episódios do passado desta sociedade. Uma profecia, portanto, pode se expressar como uma forma de memória desse povo.
O tempo para eles não era linear. Os ciclos terminavam e recomeçavam.

O problema da ‘previsão maia para o fim do mundo’

Fim dos tempos?
O problema é que na verdade, não há uma previsão maia para o fim do mundo! Do ponto de vista científico, isso é um grande mito.
A concepção de tempo maia não permite pensar em um fim absoluto. Todo alarme seria apenas um problema de interpretação. Na verdade, 21 de dezembro de 2012 seria apenas a data que marca a renovação de um grande ciclo de acontecimentos. Assim como para nós, é o dia 31 de dezembro.
 
A visão apocalíptica é algo que caracteriza os povos ocidentais – seja por fantasias religiosas ou parasitismo midiático e capitalista -, porém não representa a filosofia maia.
Nessa data de dezembro, os maias simplesmente esperavam o regresso de Bolon Yokte´, entidade que indica nada mais, que a renovação do presente ciclo.
Quanto a isso, portanto, não há porque se preocupar.
(“Ufa, posso curtir meu carnaval em paz?)”
Porém … como sempre há um porém:
(“droga, eu sabia!”)
Na próxima parte deste post:

A perspectiva geológica do fim do mundo: agora sim, pode começar a se preocupar

 O ‘fim do mundo’ é algo mais do que natural na expectativa geológica. Não que o planeta vá ser vaporizado, na verdade esse deve continuar por aí por mais algumas centenas de milhões de anos, mas sua configuração como conhecemos… essa é mais volátil do que você pode imaginar….

Parte 2 

O ‘fim do mundo’ é algo mais do que natural na expectativa geológica. Não que o planeta vá ser vaporizado, na verdade ele deve continuar por aí por mais algumas centenas de milhões de anos, mas sua configuração como conhecemos… essa é mais volátil do que você pode imaginar.
O ‘fim do mundo’ aconteceu diversas vezes durante a história do planeta e pelo menos 5 ou 7 dessas vezes foram realmente marcantes. A pior delas foi há 250 milhões de anos atrás e delimita o fim do período conhecido como Permiano.
Esse sim foi o verdadeiro apocalipse terrestre. Trata-se do maior evento de extinção conhecido, que quase acabou com a vida no planeta.
Nessa época, pelo menos dois pulsos catastróficos aconteceram. As extinções foram sentidas tanto em terra quanto no mar. A partir deste episódio, a vida nunca mais seria a mesma.
O golpe foi sentido primeiramente entre os seres marinhos e posteriormente refletido em terra. Calcula-se que mais de 96% das espécies marinhas foram exterminadas, assim como 70% das espécies de vertebrados terrestres. O cenário era realmente desolador. Até mesmo os insetos, que passaram ilesos por todas as outras extinções terrestres, sofreram perdas consideráveis.
A causa? Ainda muito discutida, mas provavelmente uma massiva erupção vulcânica que liberou centenas de  milhares de toneladas rochas derretidas na região que hoje corresponde a Sibéria, além de ter também envenenado a atmosfera com outros milhares de toneladas de gases venenosos.
Apesar de ter sido o pior, este não foi o único ‘apocalipse’ terrestre. O evento de extinção dos dinossauros também é bem conhecido, assim como a extinção da megafauna pleistocênica durante o fim do período de grandes glaciações, há 11.000 anos atrás.
Há 65 milhões de anos um asteróide com entre 10 e 15 km colidiu com a Terra
A vida na Terra já sucumbiu por meio de uma variedade de catástrofes. Desde frio intenso até o aquecimento global, passando por erupções vulcânicas, atividades tectônicas e até mesmo a queda de bólidos extraterrestres.
Grandes eventos de extinção parecem quasi-periódicos e geralmente estão associados a fenômenos geológicos ou astronômicos expressivos (deriva continental, vulcanismo massivo, alterações no campo magnético terrestre, alterações na intensidade de atividade solar, geometria da órbita, impacto de bólidos extraterrestres, etc.). A interação de grandes ciclos dessa natureza (geo-astronômicos) é que gera as aparentes ‘coincidências’ e o conhecimento de algumas dessas variáveis é que nos dá poder aproximado de previsão.
Grandes eventos de extinção ao longo do tempo geológico
Bem, isso sim nos leva a ficar preocupados!
Alguns ciclos astronômicos já foram bastante estudados e os seus efeitos calibrados olhando-se para o passado geológico. A influência dos ciclos de Millankovich nas grandes glaciações terrestres, por exemplo, já foi corroborada por diversos trabalhos. Assim como a influência dos grandes picos de radiação solar no mesmo tipo de evento de resfriamento.
Fora isso, apesar de menos compreendido, os eventos de alteração do campo magnético terrestre também podem ser reconhecidos, assim como podemos calcular a probabilidade de um asteróide de grande magnitude atingir a Terra.
E então? Estamos em perigo?
Bem, estamos vivenciando um período de grande estabilidade geológica e isso se estende para dentro do Cenozóico. Essa ‘calmaria’ favoreceu imensamente a ascensão dos mamíferos após a extinção dos dinossauros e ajudou, sobretudo, a humanidade: Nós evoluímos na sombra do melhor período de calmaria.
Sim, temos tido muita sorte! Porém, temos que lembrar que, “quanto mais tempo passa, mais próximos de um desastre estamos”…..

O prenúncio de um desastre

Estudos procuram calcular a probabilidade de colisões de asteróides de grande magnitude com o planeta.  Para isso, astrônomos verificam não somente bólidos gigantes que ainda estão em órbita, como gigantes cicatrizes de impacto que ficaram preservadas no registro geológico.
Alguns estudiosos do assunto dizem que corpos extraterrestres com mais de 13 km de diâmetro colidem com a Terra em períodos entre 60 e 65 milhões de anos, causando um desastre descomunal. O último impacto gigante que se tem notícia causou a extinção dos dinossauros, há exatos 65 milhões de anos. Segundo essa idéia, portanto, a qualquer momento poderia haver uma colisão daquela grandeza.
Outros cientistas, todavia, discordam da idéia. Eles acreditam que a probabilidade de impacto não é maior agora do que há 20 milhões de anos, por exemplo…. Eles dizem, que, na verdade, a qualquer momento estamos sujeitos a esse tipo de catástrofe e que isso é muito pouco previsível. A única coisa que poderiam nos assegurar é que, de 250 milhões de anos para cá, o número de impactos com o nosso pequeno planeta azul tem sido muito maior.
Outro fator preocupante é o enfraquecimento e a inversão do magnetismo terrestre. Periodicamente, o campo magnético da Terra sofre um progressivo enfraquecimento, seguido por uma inversão, devido a alterações de fluxo no núcleo líquido da Terra. Sabe-se que a grande extinção em massa do Permo-Triássico veio também acompanhada de intensas oscilações do campo magnético em um curto período de tempo geológico, porém o que causou esse fenômeno e se ele influenciou na extinção, é tudo muito pouco compreendido.
Os verdadeiros impactos das inversões magnéticas não passam de grandes especulações. Não se tem idéia do que pode acontecer! Acredita-se que o enfraquecimento do magnetismo terrestre nos deixaria mais vulneráveis a radiações cósmicas letais (os ventos solares, por exemplo) e a alteração de pólos poderia causar uma massiva desorientação em grupos animais que baseiam-se no sistema de localização magnética. Isso influenciaria seu padrão migratório, por exemplo, e poderia levá-los a extinção.
Por muito tempo acreditou-se que essas inversões magnéticas eram aleatórias, porém, recentemente descobriu-se que, na verdade, as inversões seguem um padrão de distribuição. Atualmente o campo magnético está a enfraquecer e poderíamos estar a beira de um fenômeno dessa natureza.
Atividade de manchas solares
Outro fator preocupante, são as oscilações na atividade solar. O sol funciona como um grande protetor para o nosso planeta. Sua composição e atividade ajudam a nos proteger de partículas e raios cósmicos provenientes do espaço. As oscilações de atividade do Sol, podem, portanto, nos deixar mais ou menos vulneráveis aos efeitos deletérios de radiações cósmicas. Fora isso, acredita-se haver uma forte ligação entre a atividade solar e o clima na Terra. Detecta-se uma notável relação entre resfriamento global e a atividade de manchas solares. Os grandes períodos de glaciação coincidem com o aumento de atividade das mesmas.
A atividade de manchas é previsível, ela segue um ciclo regular, e estaríamos para entrar em um período de maior atividade. Não só estaríamos sujeitos aos efeitos negativos de radiações extraterrestres, como a um iminente resfriamento global em grande escala.
Um resfriamento global seria exponencialmente pior do que um grande aquecimento…
Procurando não ser alarmista, todavia, uma outra corrente de cientistas acredita que o ciclo de manchas solares pode, na verdade, estar entrando em um período indeterminado de ‘hibernação’.
Pagar para ver?

A certeza da catástrofe

A vida funciona em equilíbrio com o seu meio e está sujeita a mudanças com a transformação do mesmo. Enumeramos alguns fatores de ordem natural que desencadeiam essas alterações, mas não podemos deixar de discutir um novo elemento, de apenas algumas centenas de milhares de anos, que tem demonstrado poder causar efeitos devastadores na biosfera: o homem.
Sim, nós também estamos gerando mudanças expressivas. Essas já desencadeiam conseqüências severas para os ecossistemas terrestres. Atualmente a taxa de extinções é tão alta, que já podemos nos considerar em uma nova extinção em massa - quiçá, a maior de todas. No meio dessa história, nós, primatas bípedes com polegares opositores, ainda estamos ‘ilesos’ (o que depende muito do ponto de vista), mas muito em breve começaremos a sentir as conseqüências severas de nossas atitude.
O nosso descuido levará a escassez severa de alimentos, o aumento no número de doenças e pragas letais, a alterações climáticas em grande escala e maior expressividade de seus extremos. A miséria, a peste e a fome serão os nossos predestinados cavaleiros do apocalipse. Isso se a guerra não vir antes deles.
Seja lá qual for a natureza do fator que nos leve ao ‘apocalipse’, não podemos esquecer que o mais certo deles é aquele que geramos com nossas próprias atitudes. É a simples lei da ação e reação.

Uma luz no fim do túnel: Terminando com o conceito antropocentrista do ‘fim do mundo’

Essa história toda de fim do mundo gira muito em torno do nosso umbigo.
Mesmo após as grandes catástrofes naturais, como aquela do Permiano, há 250 milhões de anos, a vida se recuperou. Nem o asteróide gigante dos dinossauros conseguiu acabar com essa história toda! A vida sempre floresceu depois de um golpe duro. As grandes extinções funcionaram, na verdade, como grandes gatilhos evolutivos de surpreendente criatividade.
No que diz respeito a nossas atitudes descontroladas, vejam bem:
O primeiro grande registro de ‘poluição’ do planeta foi o oxigênio. Liberado de forma massiva por esteiras microbianas durante o Proterozóico. Ele foi tanto, que envenenou toda a atmosfera. Porém, abriu as portas para um novo tipo de vida – a que nós conhecemos (aeróbica). Temos que lembrar que, se estamos cavando a nossa própria cova, o nosso ‘fim do mundo’, estaremos criando a oportunidade de um novo começo para outras formas de vida.

Então, no fim, “Life finds a way”

 
Se quisermos acompanhar a história do planeta por mais algumas dezenas ou centenas de milhares de anos, precisamos começar a mudar nossas atitudes.
Quanto aos desastres naturais, bem… quanto a esses, só dependemos da sorte.
A lição que podemos tirar dos maias, é a de que tudo faz parte de um grande ciclo e essa história de fim do mundo, seja lá quando acontecer, é somente parte dele. Funciona apenas como uma renovação, um novo começo… o 22 de dezembro ou o 1 de janeiro de uma nova era.
Quanto ao seu carnaval: O nosso tempo de vida no planeta depende muito da sorte, mas principalmente de nossas atitudes. A única certeza é que, de qualquer forma, tudo se acaba um dia. O melhor é aproveitar cada dia como se fosse o último de sua existência.



Para saber mais sobre os mais, visite http://discoverybrasil.uol.com.br/guia_maia/index.shtml

Períodos geológicos

Um período geológico é a divisão de uma era na escala de tempo geológico. Somente as eras do éon Arqueano não se dividem em períodos. Os períodos das eras do éon Fanerozóico subdividem-se em épocas.

Na escala de tempo geológico, o Fanerozóico (grego: phaneros=visível; oikos=vida) é o éon geológico que abrange os últimos 542 milhões de anos. Tem início após o Cambriano no éon Proterozoico com o surgimento de vários animais de concha e é o éon ao longo do qual a abundância de vida é maior.
A fronteira entre o Fanerozoico e o Proterozoico não está claramente definida. No século XIX ela coincidia com o aparecimento dos primeiros fósseis metazoários abundantes. Porém, foram identificadas várias centenas de taxa de metazoários do Proterozoico desde o início de estudos sistemáticos destes seres na década de 1950. A maioria dos geólogos e paleontólogos provavelmente consideraria que a fronteira Fanerozoico-Proterozoico ocorre no ponto clássico em que surgem as primeiras trilobites e Archaeocyatha; com a primeira aparição de complexas tocas de alimentação (Trichophycus pedum); ou com a primeira aparição de um grupo de pequenas e geralmente desarticuladas formas couraçadas designadas 'pequena fauna conquífera'. Estes três diferentes pontos de fronteira encontram-se separados entre si por alguns milhões de anos.
Nesse Eon houve o aparecimento rápido de numerosos filos animais; a evolução destes filos para formas diversas; o aparecimento de plantas terrestres; desenvolvimento de plantas complexas; a evolução dos peixes; o aparecimento de animais terrestres; e o desenvolvimento das faunas modernas. Durante este período de tempo, os continentes derivaram, eventualmente colididindo para forma Pangeia e dividindo-se em seguida nas massas continentais atuais.

Na escala de tempo geológico, o Proterozoico (do grego proteros, anterior + zoikos, de animais) é o éon que está compreendido entre 2,5 bilhões e 542 milhões de anos, abrangendo quase metade do tempo de existência da Terra. Sendo o mais recente éon do Pré-Câmbrico, sucede o éon Arqueano e precede o éon Fanerozoico. Divide-se em três eras.
Em algumas obras ainda se pode encontrar o termo Algônquico (ou Algonquiano) que, entretanto, entrou em desuso.
O registo geológico do Proterozoico é muito melhor que o do Arqueano. Ao contrário dos depósitos de águas profundas do Arqueano, no Proterozoico ocorrem muitos estratos que foram depositados em extensos mares epicontinentais pouco profundos; além disso, muitas destas rochas foram menos metamorfizadas que as do Arqueano, são abundantes e inalteradas. O estudo destas rochas mostra que neste éon ocorreu acreção continental rápida e maciça (exclusiva do Proterozoico), ciclos supercontinentais, e actividade orogénica totalmente moderna.
Por volta de 900 Ma as massas continentais parecem estar reunidas no supercontinente Rodínia que irá sofrer uma fragmentação no final do Proterozoico, a qual dará origem aos paleocontinentes da Laurêntia (América do Norte, Escócia, Irlanda do Norte, Groenlândia), Báltica (parte centro-norte da Europa), Sibéria unida ao Cazaquistão e Gonduana (América do Sul, África, Austrália, Antártida, Índia, Península Ibérica - sul da França.
As primeiras glaciações ocorreram durante o Proterozoico; uma delas iniciou-se pouco depois do início deste éon, enquanto que ocorreram pelo menos quatro durante o Neoproterozoico, culminando na Terra bola de neve da glaciação Varangiana.
Um dos acontecimentos mais importantes do Proterozoico foi a acumulação de oxigénio na atmosfera da Terra. Ainda que, indubitavelmente, o oxigénio começou a ser libertado por fotossíntese ainda em tempos do Arqueano, a sua acumulação na atmosfera não era possível enquanto a capacidade dos sumidouros químicos - enxofre e ferro não-oxidados - não fosse esgotada; até aproximadamente 2.3 mil milhões de anos, a concentração de oxigénio atmosférico era talvez apenas 1 ou 2% da atual. As formações de ferro bandado, que fornecem a maioria do ferro produzido no mundo, foram também um importante sumidouro químico; a maior parte da acumulação cessou a partir de há 1.9 mil milhões de anos, quer devido ao aumento da concentração de oxigénio ou a uma melhor mistura da coluna de água oceânica.
As camadas vermelhas, coloridas pela hematite, indicam um aumento da concentração de oxigénio atmosférico a partir de há 2 mil milhões de anos; não ocorrem em rochas mais antigas. A acumulação de oxigénio deveu-se provavelmente a dois fatores: esgotamento dos sumidouros químicos, e um aumento do enterramento de carbono, que sequestrou compostos orgânicos que de outra forma teriam sido oxidados pela atmosfera.
O aparecimento das primeiras formas de vida unicelulares avançadas e multicelulares coincide aproximadamente com o início da acumulação de oxigénio livre; tal poderá dever-se ao aumento da disponibilidade dos nitratos oxidados que os eucariontes usam, ao contrário das cianobactérias. Foi também durante o Proterozoico que evoluíram as primeiras relações simbióticas entre mitocôndrias (para quase todos os eucariontes) e cloroplastos (apenas nas plantas e alguns protistas), e os seus hospedeiros.
O surgimento de eucariontes como os acritarcas não foi anterior à expansão das cianobactérias; de facto, os estromatólitos atingiram a sua maior abundância e diversidade durante o Proterozoico, culminando há cerca de 1.2 mil milhões de anos.
Tradicionalmente, a fronteira entre o Proterozoico e o Fanerozoico foi colocada na base do Câmbrico, quando os primeiros fósseis de trilobites e Archaeocyatha apareceram. Na segunda metade do século XX foram encontradas várias formas fósseis em rochas do Proterozoico, mas o limite superior do Proterozoico manteve-se inalterado na base do Câmbrico, atualmente fixada nos 542 de milhões de anos de idade.

Na escala de tempo geológico, o Arqueano ou Arcaico (antes Arqueozóico) é o éon que está compreendido entre 3,85 bilhões de anos e 2,5 bilhões de anos atrás, aproximadamente. O éon Arqueano sucede o éon Hadeano e precede o éon Proterozóico.
No começo do Arqueano, o fluxo de calor da Terra era aproximadamente três vezes maior que é hoje, e era ainda duas vezes o nível corrente no começo do Proterozóico. O calor extra pode ter sido remanescente da acreção planetária, da formação do núcleo de ferro, e parcialmente causado pela maior produção radioativa de núcleos atômicos de vida curta, tais como urânio-235.
Apesar de alguns poucos grãos minerais conhecidos serem mais antigos, as mais velhas formações rochosas expostas na superfície da Terra são arqueanas. As rochas arqueanas são provenientes da Groenlândia, do Escudo Canadense, Austrália ocidental e África meridional. Apesar de os primeiros continentes terem se formado durante este éon, rochas dessa idade compõem apenas 7% dos crátons atuais do mundo; mesmo considerando a erosão e a destruição de formações passadas, a evidência sugere que apenas 5-40% da crosta continental atual formou-se durante o Arqueano.
A maioria das rochas arqueanas que existem são metamórficas e ígneas, o grosso das últimas intrusivas. A atividade vulcânica era consideravelmente maior que hoje, com numerosos pontos quentes e vales de rachadura, e erupção de lavas incomuns como as comatitas. Rochas ígneas intrusivas como as grandes fatias fundidas e volumosas massas plutônicas de granito e diorito, intrusões em camadas máficas a ultramáficas, anortositos e monzonitos conhecidos como sanuquitóides predominam por todos os remanescentes cratônicos cristalinos da crosta arqueana que existem hoje.
Em contraste com o Proterozóico, as rochas arqueanas são com freqüência sedimentos de água profunda pesadamente metamorfizados, tais como grauvacas, lamitos, sedimentos vulcânicos e formações de ferro em bandas. Rochas carbonadas são raras, indicando que os oceanos eram mais ácidos do que durante o Proterozóico, devido ao dióxido de carbono dissolvido. Cintos de pedra verde são típicos das formações arqueanas, consistindo de rochas metamórficas alternadamente de alto e baixo grau. As rochas de alto grau eram derivadas de arcos de ilhas vulcânicas, enquanto as de baixo grau representam sedimentos do fundo do mar erodidos de arcos de ilhas vizinhas e depositados numa bacia adjacente. Em suma, cintas de pedra verde representam protocontinentes suturados.
Não houve grandes continentes até tarde no Arqueano; pequenos protocontinentes eram a norma, impedidos de coalescer em unidades maiores pela alta taxa de atividade geológica. Esses protocontinentes félsicos provavelmente se formaram em pontos quentes ao invés de zonas de subdução, a partir de uma variedade de processos: diferenciação ígnea de rochas máficas para produzir rochas intermediárias e félsicas, magma máfico fundindo mais rochas félsicas e forçando a granitização de rochas intermediárias, fusão parcial de rochas máficas, e alteração metamórfica de rochas sedimentares félsicas. Tais fragmentos continentais podem não ter sido preservados se eles não eram flutuantes ou afortunados o bastante para evitar zonas de subdução energéticas.
As temperaturas parecem ter sido próximas dos níveis modernos, com água líquida presente, devido à presença de rochas sedimentares dentro de certos gneisses altamente deformados. Astrônomos pensam que o sol era cerca de um terço menos quente, o que contribuiria para baixar as temperaturas globais em relação ao que de outra forma seria esperado. Pensa-se que esse efeito era contrabalançado por quantidades de gases de efeito estufa maiores do que as verificadas mais tarde na história da Terra. A ausência de grandes continentes impediria o consumo elevado de dióxido de carbono, através do intemperismo das rochas. A falta de organismos clorofilados também evitaria o consumo de dióxido de carbono. A atmosfera era então rica desse gás, e praticamente sem oxigênio.

Vida Arqueana
A vida provavelmente esteve presente por todo o Arqueano, mas deve ter sido limitada a simples organismos unicelulares não nucleados, chamados procariontes, pois não há fósseis de eucariotos tão antigos. Fósseis de tapetes de cianobactérias (estromatólitos) são encontrados por todo o Arqueano, tornando-se especialmente comum mais tarde no éon, enquanto uns poucos fósseis prováveis de bactérias são conhecidos de certos depósitos de chert. Em adição ao domínio Bactéria, microfósseis de extremófilos do domínio Arquena também têm sido identificados. Não se conhecem fósseis de eucariontes, apesar de que eles podem ter evoluído durante o Arqueano e simplesmente não ter deixado quaisquer fósseis.


Na escala de tempo geológico, o Cenozóico é a era do éon Fanerozóico que se inicia há cerca de 65 milhões e 500 mil anos e se estende até o presente. A era Cenozóica sucede a era Mesozóica de seu éon. Divide-se nos períodos Paleogeno , Neogeno e Quaternário; do mais antigo para o mais recente. O princípio da Era Cenozóica marca a abertura do capítulo mais recente da história da Terra. O nome desta era provém de duas palavras gregas que significavam "vida recente". Durante a Era Cenozóica, a face da Terra assumiu sua forma atual. Houve muita atividade vulcânica e formaram-se os grandes maciços montanhosos do mundo, como os Andes, os Alpes e o Himalaia. A vida animal transformou-se lentamente no que hoje se conhece.

Clima
A Era Cenozóica tem sido um período de resfriamento a longo prazo. Em seu princípio, as partículas ejectadas pelo impacto do evento K/T bloquearam a radiação solar. O K/T foi um evento geológico ocorrido no final do Cretáceo que teve importantes consequências na alteração das condições naturais do planeta. Depois da criação tectônica da Passagem de Drake, quando a Austrália se separou completamente da Antártida durante o Oligoceno, o clima se resfriou consideravelmente devido a aparição da Corrente Circumpolar Antártica que produziu um grande resfriamento do oceano Antártico.
No Mioceno se produziu um ligero aquecimento devido a liberação dos hidratos que desprenderam do dióxido de carbono. Quando o continente Sul-americano se uniu ao Norte-americano pela criação do Istmo do Panamá, a região do Ártico também se resfriou devido ao fortalecimiento das correntes de Humboldt e do Golfo e o fim da circulação de correntes marinhas primitivas de águas quentes que atravessavam o planeta de leste a oeste, levando ao último máximo glacial.
Por outro lado, um outro fator, ao lado do Ciclo de Milankovitch, contribuiu para as variações climáticas ocorridas durante o Cenozóico: o Evento Azolla.

Fauna
Com efeito a Era Cenozóica foi marcada pelo aparecimento de 28 ordens de mamíferos, 16 das quais ainda vivem. No paleoceno e no eoceno viveram mamíferos de tipo arcaico que no fim do Eoceno e no Oligoceno foram substituídos, exceto na América do Sul, pelos ancestrais dos mamíferos modernos. No decorrer de milhões e milhões de anos deu-se a modernização das faunas que culminou na produção de mamíferos adiantados, especializados, do mundo moderno. Os processos que conduziram à elaboração das faunas modernas datam do Pleistoceno e do pós-Pleistoceno. Distingue-se a fauna atual da fauna do Pleistoceno, principalmente pelo empobrecimento, advindo da extinção de várias formas.
A América do Sul achava-se unida à América do Norte no início da Era Cenozóica; tal união manteve-se interrompida durante grande parte dessa era, voltando a ser restabelecida no fim do Paleógeno. Isso explica certas peculiaridades faunísticas do nosso continente.
Por outro lado, a América do Norte manteve ligação com a Ásia através da região de Beríngia (hoje interrompida pelo Estreito de Bering) durante grande parte da Era Cenozóica, o que explica o porquê da homogeneidade faunística da América do Norte, Ásia Setentrional e Europa.
As peculiaridades faunística da Austrália, por sua vez, são devidas ao isolamento que manteve desde o Cretáceo em relação à Ásia.
A forma ancestral do cavalo data do Eoceno e recebeu o nome de Eohippus; viveu no hemisfério norte. O Equus, isto é, cavalo propriamente dito, surgiu na América do Norte bem mais tarde, donde migrou para a Ásia, no Pleistoceno.

Glaciação
No Pleistoceno, também chamado época Glacial ou Idade do Gelo, ocorreu uma vasta glaciação no hemisfério norte. Glaciação de muito menores proporções deu-se também no hemisfério sul.

Homem
Datam do Pleistoceno os mais antigos restos do homem (cerca de 450.000 anos). Acredita-se que o mais antigo deles seja o Homo heidelbergensis . Há controvérsia sobre a idade do Homo sapiens; segundo alguns autores o seu aparecimento deu-se há cerca de 250.000 anos, isto é, antes mesmo do Homo neanderthalensis. No Pleistoceno inferior vivem hominídeos vários: Australopithecus, da África do Sul; Pithecanthropus erectus ou homem de Java; Sinanthropus pekinensis ou homem de Pequim.

Fósseis Brasileiros
Inúmeras localidades brasileiras forneceram ossadas de mamíferos pleistocênicos.
Os achados mais famosos são os das grutas de Minas Gerais, pacientemente pesquisados por Peter Lund no século passado. Outra localidade curiosa é a de Águas do Araxá, também em Minas Gerais, onde parte do material obtido acha-se exposta. Aí foram descobertos cerca de 30 indivíduos de mastodontes fósseis (Haplomastodon waringi). Megatérios, gliptodontes, tigres dentes-de-sabre (Smilodon) e toxodontes figuram entre os mamíferos pleistocênos mais comuns.
A ligação entre as duas Américas no Pleistoceno trouxe como conseqüência uma imigração de carnívoros que não existiam por aqui, os chamados tigres dente-de-sabre.
A antiguidade do homem no Brasil é matéria de controvérsia. Não foi ainda cabalmente provada a Idade Pleistoceno do Homem de Lagoa Santa cujos ossos aparecem nas mesmas grutas em que ocorrem animais extintos.

Na escala de tempo geológico, o Mesozóico é a era do éon Fanerozóico que está compreendida entre 251 milhões e 65 milhões e 500 mil anos atrás, aproximadamente. A era Mesozóica sucede a era Paleozóica e precede a era Cenozóica, ambas de seu éon. Divide-se nos períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo, do mais antigo para o mais recente.

O nome Mesozóico é de origem grega e refere-se a 'meio animal' sendo também interpretado como "a idade medieval da vida". Esta era é especialmente conhecida pelo aparecimento, domínio e desaparecimento polémico dos dinossauros, amonites e plantas com flor.

No início desta era, toda a superfície terrestre se concentrava num único continente chamado Pangéia (ou Pangea). Porém com o tempo este supercontinente começou a fragmentar-se em dois continentes: a Laurásia para o Hemisfério Norte e o Gondwana para o Sul.

O clima no início do Mesozóico era predominantemente quente e seco, tornando-se mais úmida no Jurássico (POPP, 1995, p. 283).

Esta foi uma era onde dominaram répteis como os dinossauros, pterossauros e plesiossauros. Durante o Mesozóico estes animais conquistaram a Terra e desapareceram mais tarde de forma misteriosa, sendo a causa mais provável a colisão da terra com meteorito, sendo estimada como a segunda maior extinção em massa da terra. (A maior já estudada foi no final do pérmico, estima-se que tenha extinto 90% de todas as espécies que viviam na Terra.)

Os primeiros mamíferos se desenvolveram, apesar de não serem maiores que ratos. As primeiras aves apareceram durante o Jurássico, e embora a sua descendência seja motivo de grande discussão entre os cientistas, grande parte aceita que tenham origem nos dinossauros. As primeiras flores (Angiospérmicas) apareceram durante o período Cretáceo.

Também chamada de Era Secundária. Penúltima das eras em que se divide a história da Terra. Conhecida como a Idade dos Répteis ou Idade dos Amonides, pela importância que esses dois grupos atingiram durante os 140 milhões de anos da sua duração. O nome vem do grego mesos que significa meio, e zoé que indica vida, isto é, vida intermediária. Dos répteis mesozóicos os dinossauros são os mais conhecidos. Atingiram tamanhos gigantescos e se extinguiram no fim da Era Mesozóica. Alguns répteis adaptaram-se à vida terrestre e outros à vida aquática. Nos mares, proliferaram cefalópodes do grupo dos Amonites, que igualmente se extinguiram no ocaso desta era. Surgiram os peixes teleósteos, as primeiras aves (criaturas exóticas dotadas, no início, de dentes e de cauda), os primeiros mamíferos, as primeiras plantas do grupo dos angiospermas. A Era Mesozóica recebeu também o nome de Idade das Cicadófitas, graças à importância que tal grupo de vegetais alcançou nesta era. Divide-se em três períodos, do mais antigo para o mais moderno: Triásico, Jurássico e Cretáceo. Movimentos orogenéticos importantes afetaram durante a Era Mesozóica a região andina e a região das Montanhas Rochosas. Mas as presentes cadeias são devidas inteiramente a movimentos subseqüentes. No Brasil, os terrenos mesozóicos cobrem vastas áreas do interior do país, ocorrendo ainda na orla marítima no nordeste. No sul, no início da Era Mesozóica, o clima foi árido, originando-se vasto deserto com deposição abundante de áreas eólicas. Tal deposição foi entremeada de intenso vulcanismo, responsável por derrames de lava de grande extensão. Seguiu-se a deposição no Período Cretáceo, de areias que mais tarde foram consolidadas por cimento calcário e que encerraram restos de dinossauros e de outros répteis. Nos terrenos cretáceos do nordeste, boa parte dos quais marinhos, ocorrem importantes jazidas de calcário, fosforita e petróleo.Os dinossauros apareceram e desapareceram nessa era.



Na escala de tempo geológico, o Paleozoico é a era do éon Fanerozóico que está compreendida entre 540 milhões e 245 milhões de anos atrás, aproximadamente. A era Paleozoica sucede a era Neoproterzoica do éon Proterozoico e precede a era Mesozoica de seu éon. Divide-se nos períodos Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano, do mais antigo para o mais recente.

O Paleozoico corresponde praticamente a metade do Fanerozóico, com aproximadamente 300 milhões de anos. Durante esta era havia seis massas continentais principais, que conheceram montanhas enormes ao longo de suas margens, e incursões e recuos dos mares rasos através de seus interiores, como mares continentais. Muitas rochas paleozoicas são economicamente importantes. Por exemplo, rochas calcárias para finalidades industriais de construção civil, assim como os depósitos de carvão, que foram formadas durante o paleozoico.

O Paleozoico é conhecido por dois dos eventos mais importantes na história da vida animal. Em seu começo houve uma grande diversificação evolutiva dos animais, a explosão cambriana, em que quase todos os filos animais atuais e vários outros extintos apareceram dentro dos primeiros milhões dos anos. Já no extremo oposto do Paleozoico ocorreu a extinção maciça, a maior da história da vida na Terra, que extinguiu aproximadamente 90% de todas as espécies animais marinhas. As causas de ambos estes eventos ainda não são bem conhecidas. Também pode ser chamada de Era Primária. Divisão do tempo geológico seguinte à Era Proterozoica e a antecedente à Era Mesozoica. A sua duração foi de aproximadamente 380 milhões de anos. Embora a vida já se achasse presente na Era Proterozoica, é nos terrenos mais antigos da Era Paleozoica que os vestígios de organismos se mostram mais abundantes. Divide-se em seis períodos que, na ordem dos mais antigos para os mais modernos, são os seguintes: Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano.

De acordo com os dados paleontológicos, no Cambriano achavam-se presentes todos os grandes grupos de invertebrados. As formas ancestrais da fauna cambriana são desconhecidas ou porque o elevado metamorfismo e os dobramentos a que foram sujeitas as rochas da Era Proterozoica as destruíram, ou porque a erosão apagou grande parte dessa documentação antes da deposição dos sedimentos cambrianos. Os animais do início da Era Paleozoica viveram dominantemente em ambiente marinho: graptólitos, trilobites, moluscos, briozoários, braquiópodes, equinodermos, corais, etc. Os peixes surgiram no Ordoviciano, nas águas doces. As plantas terrestres mais antigas conhecidas datam do Siluriano (Austrália). No Carbonífero e também no Permiano constituíram grandes florestas das quais se originaram carvões em várias partes do mundo. Daí a designação de Antracolítico dada em esses dois períodos conjuntamente. Especialmente curiosas foram as Pteridospermae, vulgarmente conhecidas como "fetos com sementes". Os insetos mais antigos datam do Devoniano. Os anfíbios surgiram no Devoniano e os répteis no Carbonífero. Angiospermas, aves e mamíferos apareceram mais tarde, na Era Mesozoica.

A paleogeografia da Era Paleozoica é a matéria de controvérsia. As similaridades demonstradas entre a geologia da parte meridional da América do Sul, África do Sul, Índia e Austrália- flora fóssil comum, designada flora de Glossopteris, vestígios de glaciação tipo inlandsis, aparentemente da mesma idade, levaria, segundo certos autores, à aceitação de um antigo continente, Continente de Gonduana, reunindo tais regiões, ou, segundo outros, à suposição de que elas estiveram diretamente unidas até o fim da Era Mesozoica (teoria de Wegener). Dois ciclos orogenéticos importantes ocorreram na Era Paleozoica: dobramentos coledonianos do Siluriano e dobramentos hercinianos do Carbonífero. Vários grupos de animais e de plantas foram privativos da Era Paleozo ica: Psilophytales, vegetais que desapareceram no Devoniano; trilobites, euripterídeos, granptólitos, corais dos grupos tetracorais e tabulados; briozoários dos grupos Trepostomados e Criptostomados; foraminíferos da família dos Fusulinídeos; equinodermos dos grupos cistoides, blastoides e heterostelados; peixes dos grupos Ostracodermas e Placodermas.





Na escala de tempo geológico, o Quaternário é o período da era Cenozóica do éon Fanerozóico que congregava as épocas Pleistocena e Holocena.

Pleistoceno e Holoceno

As épocas do Pleistoceno e Holoceno, são classificadas por alguns em um período distinto, chamado Quaternário. Essa divisão por alguns e não por outros se dá porque não há diferenciação entre os sedimentos marinhos do Neógeno e do Quaternário, mas há entre os sedimentos terrestres. No pleistoceno a Terra já é bem semelhante ao atual, porém passa por períodos de glaciação, aonde as calotas polares se estendem até as regiões próximas dos trópicos (períodos conhecidos como "eras do gelo"), intercalados por períodos mais quentes. A última dessas "eras do gelo" terminou em torno de 12.000 anos atrás dando início ao Holoceno, que é a atual época em que vivemos atualmente, e extinguindo os animais que se adaptaram a viver com essas eras do gelo.



Na escala de tempo geológico, o Neogeno ou Neogénico é o período da era Cenozóica do éon Fanerozóico que se inicia há cerca de 23 milhões e 30 mil anos e se estende até o o Pleistoceno (1.8 Ma). O período Neogeno sucede o período Paleogeno de sua era. Divide-se nas épocas Miocena e Pliocena, da mais antiga para a mais recente.

Neste período, ocorreu a expansão dos mamiferos de grande porte e o aparecimento dos hominideos.

No Mioceno o clima volta a esquentar e pastos e savanas se tornam os ambientes mais comuns. No final dessa época (cerca de 9 milhões de anos atrás) as Américas se unem através do istmo do Panamá, causando um intercâmbio de fauna. No Plioceno a Terra já começa a se tornar semelhante à que temos hoje. A fauna e a flora desse período se mostra com grande grau de parentesco com a atual, mais de 70% da fauna e flora dessas épocas sobreviveram até nossos dias. Sobre a fauna, vale salientar a grandiosidade dos animais, esta época possuí especies de mamíferos terrestres (ex.: Indricotherium), aves (ex.: Argentavis), lagartos (ex.:Megalania), crocodilianos (ex.:Purusaurus) e tubarões (ex.:megalodonte) com tamanhos nunca antes vistos e menores apenas que os maiores dinossauros. O período também viu as últimas aves do terror, que subsistiram na América do Sul, enquando essa esteve isolada.



Na escala de tempo geológico, o Paleogeno ou Paleogénico é o período da era Cenozóica do éon Fanerozóico que está compreendido entre 65 milhões e 500 mil e 23 milhões e 30 mil anos atrás, aproximadamente. O período Paleogeno sucede ao período Cretáceo da era Mesozóica de seu éon e precede o período Neogeno de sua era. Divide-se nas épocas Paleocena, Eocena e Oligocena, da mais antiga para a mais recente.

A primeira época do período foi a época em que a Terra se recuperou da catástrofe que extinguiu os dinossauros. Os pequenos mamíferos proliferaram e as aves assumiram o topo da cadeia alimentar. O clima ainda era bem quente, e o mundo de uma forma geral se assemelhava ao do final do Cretáceo.

No início da época as aves ainda eram os predadores dominantes, porém com o tempo mamíferos carnívoros se desenvolveram e as substituíram. Também surgiram os primeiros grandes mamíferos. No início da época o clima tropical se espalhava até as regiões polares; porém, ao final dessa época, o clima começa a se esfriar, a vegetação próxima aos pólos começa a se tornar semelhante às de tundra e taiga e tem início o processo de congelamento dos pólos. Estas alterações causam uma considerável extinção nos animais da época.

O clima começa a se tornar mais semelhante ao atual, embora ainda seja, em geral, um pouco mais quente. O domínio dos mamíferos se confirma, com exceção das regiões mais isoladas.

A fauna do paleogeno se caracteriza pelos mamíferos primitivos (com parentesco distante aos atuais) e pelas aves do terror. As aves do terror foram as primeiras a ocupar o topo da cadeia alimentar após a extinção dos dinossauros, porém já em meados do Eoceno mamíferos primitivos carnívoros, como os mesoniquíos e os creodontes, já as haviam substituído na maior parte do mundo, exceto nas regiões mais isoladas. No tocante a flora do paleogeno, esta era, ainda, bem semelhante à predominante no Cretáceo.



Na escala de tempo geológico, o Cretáceo ou Cretácico é o período da era Mesozóica do éon Fanerozóico que está compreendido entre 145 milhões e 500 mil e 65 milhões e 500 mil anos atrás, aproximadamente. O período Cretáceo sucede o período Jurássico de sua era e precede o período Paleogeno da era Cenozóica de seu éon. Divide-se nas épocas Cretáceo Inferior e Cretáceo Superior, da mais antiga para a mais recente.

O Cretácico Inferior está compreendido entre 145,5 milhões e 99,6 milhões anos atrás, aproximadamente. A época Cretácea Inferior sucede a época Jurássica Superior do período Jurássico de sua era e precede a época Cretácea Superior de seu período. Divide-se nas idades Berriasiana, Valanginiana, Hauteriviana, Barremiana, Aptiana e Albiana, da mais antiga para a mais recente.

O Cretácico Superior está compreendido entre 99,6 milhões e 65,5 milhões anos atrás, aproximadamente. A época Cretácea Superior sucede a época Cretácea Inferior de seu período e precede a época Paleocena do período Paleogeno da era Cenozóica de seu éon. Divide-se nas idades Cenomaniana, Turoniana, Coniaciana, Santoniana, Campaniana e Maastrichtiana, da mais antiga para a mais recente.

Fauna e flora

Durante o Cretáceo, os dinossauros alcançam seu ápice (mais da metade das espécies conhecidas viveram neste período), mas ao fim do período acaba ocorrendo a extinção em massa desses grandes répteis e dos animais da Terra (cerca de 60% deles foi extinto).A teoria mais aceita é a de que a queda de um meteorito na Península de Yucatán, no México, levantou muita poeira e essa poeira cobriu a Terra evitando a passagem do Sol e causando um resfriamento da terra que levou à Era Glacial. Então os seres fotossintetizantes não puderam realizar a fotossíntese e acabaram morrendo.Com isso, houve uma quebra da cadeia alimentar e um desequilíbrio ecológico.

É no mesmo período que surgem os mamíferos placentários primitivos e as plantas com flores proliferam. Neste período os continentes começaram a se formar a caminho do que são hoje. Após a queda dos dinossauros, houve e a diversificação dos mamíferos (alguns tornaram-se enormes), e o auge das aves . História

Em 1822 o geólogo belga D'Omalius d'Halloy o nome de Terrain Cretace, para determinadas rochas brancas da Bacia de Paris, e para depósitos semelhantes na Bélgica e Holanda, Ingflora. laterra e para o leste da Suécia e Polônia. Este termo "Cretáceo" por causa disso tempos depois veio ser usado. Os Precipícios Brancos famosos de Dover é uma típica rocha desta formação. Depósitos extensos foram colocados na Europa e partes da América do Norte durante esta época. A rocha esbranquiçada é um calcário formado por conchas de micro-organismos.



Na escala de tempo geológico, o Jurássico é o período da era Mesozóica do éon Fanerozóico que está compreendido entre 199 milhões e 600 mil e 145 milhões e 500 mil anos atrás, aproximadamente. O período Jurássico sucede o período Triássico e precede o período Cretáceo, ambos de sua era. Divide-se nas épocas Jurássica Inferior (ou Lias), Jurássica Média (ou Dogger) e Jurássica Superior (ou Malm), da mais antiga para a mais recente. O nome Jurássico é devido as montanhas Jura, dos alpes franceses, contém grande quantidade de rochas deste período.

Paleogeografia

Com o aumento do nível dos oceanos, terras baixas foram encobertas pelo mar, o que dividiu Pangéia em dois continentes: Laurásia, ao norte, e Gondwana, ao sul. Essa divisão também permitiu que a umidade vinda do mar atingisse regiões que antes não atingia (por estarem nointerior de Pangéia), o que tornou o clima mais úmido.

Flora

Durante o Jurássico, o clima quente e umido fez com que as florestas se proliferassem, o que fez a diversidade de plantas se tornar muito maior que a do Triássico. As plantas predominantes são cicadáceas, ginkgos e coníferas gigantescas (sequóias). Também é neste período que surgem as primeiras plantas com flores.

Fauna

A fauna do Jurássico é marcada pela hegemonia dos répteis em todos os ambientes: dinossauros na terra, pterossauros no ar e plesiossauros no mar. O período também é marcado pelo surgimento das primeiras aves e dos primeiros mamíferos verdadeiros. Nos oceanos, além dos plesiossauros, também existem crocodilos marinhos, tubarões já muito parecidos com os atuais (ex.: Hybodus) e outros répteis marinhos (ex.: ictiossauros). Começaram a surgir dinossauros mais evoluidos e inteligentes, que eram superiores aos primitivos répteis do Triássico.



Na escala de tempo geológico, o Triássico (Triásico em Português europeu) é o período da era Mesozóica do éon Fanerozóico que está compreendido entre 251 milhões e 199 milhões e 600 mil anos atrás, aproximadamente. O período Triássico sucede o período Permiano da era Paleozóica de seu éon e precede o período Jurássico de sua era. Divide-se nas épocas Triássica Inferior, Triássica Média e Triássica Superior, da mais antiga para a mais recente.

Clima, fauna e flora

No Triássico o clima era muito mais quente do que atualmente, a temperatura média do planeta era quase o dobro da atual. Nas florestas prosperavam samambaias, ginkgos e coniferas.

Durante o Triássico, a fauna teve que se recuperar da extinção permiana, os répteis voltam a dominar o mundo (todos os fósseis terrestres do Triássico são de répteis), porém com novas formas: surgem os primeiros dinossauros. Os dinossauros do Triássico eram bastante diferentes dos que iam surgir no Jurássico e no Cretáceo, pois eram mais baixos, e a maioria eram quadrúpedes.

Paleorrota

A Paleorrota é um caminho situado no centro do estado do Rio Grande do Sul, Brasil cujo percurso contém diversos fósseis do triássico. No tempo em que havia apenas o continente Pangéia. O caminho está situado dentro de uma grande área que pertence ao período triássico e que datam de 230 milhões de anos atrás. A região possui vários sítios paleontológicos, que pertence às camadas geológicas Formação Santa Maria e Formação Caturrita.



Na escala de tempo geológico, o Permiano ou Pérmico é o período da era Paleozóica do éon Fanerozóico que está compreendido entre 299 milhões e 245 milhões de anos atrás, aproximadamente. O período Permiano sucede o período Carbonífero de sua era e precede o período Triássico da era Mesozóica de seu éon. Divide-se nas épocas Cisuraliana, Guadalupiana e Lopingiana, da mais antiga para a mais recente. Deve o seu nome à cidade e região de Perm, na Rússia.

No Brasil, a Formação Irati pertence a este periodo. No Sudoeste do geoparque da Paleorrota há uma área com fósseis do Permiano que datam a 270 milhões de anos.

Neste período, o clima na Terra começou a esquentar cada vez mais, e começaram a surgir grandes desertos no interior do unico continente Pangéia.

Relativamente à fauna, se destacam o maior desenvolvimento e diversificação dos répteis; que passam a dominar definitivamente o mundo, atingindo grandes porte (ex. Moschops) e o topo da cadeia alimentar (ex. Dimetrodon); e a decadência dos artrópodes gigantes; que se extinguem neste período. No permiano ainda não existiam lissanfíbios, mamíferos, tartarugas, lepidossauros, pterossauros e nem dinossauros, mas os ancestrais de todos estes grupos já existiam, prontos para evoluir e lhes dar origem durante o triássico. A fauna terrestre do período se destacam animais que não eram nem répteis nem mamíferos e pertenciam ao grupo dos synapsida. Nas águas doces havia anfíbios gigantes e no mar, tubarões primitivos, moluscos cefalópodes, braquiópodes, trilobitas (embora estes já estivessem se tornando mais raros) e artrópodes gigantescos conhecidos como eurypterida ou escorpiões do mar. As únicas criaturas voadoras do período eram parentes gigantes das libélulas.

A flora é caracterizada pelas suas glossopteris e pelo surgimento das primeiras coníferas. O fóssil mais antigo encontrado até hoje, do período Permiano, é de glossopteris.

O final do período Permiano é marcado por uma extinção em massa de proporções nunca antes vistas, onde 95% da vida na Terra desapareceu, incluindo os trilobites e os escorpiões marinhos, esse evento é conhecido como extinção Permo-triássica; porém alguns grupos sobreviveram e voltaram a se desenvolver, entre eles os amonites e os répteis terapsídeos.



Na escala de tempo geológico, o Carbonífero ou Carbónico é o período da era Paleozóica do éon Fanerozóico que está compreendido entre 359 milhões e 200 mil e 299 milhões de anos atrás, aproximadamente. O período Carbonífero sucede o período Devoniano e precede o período Permiano, ambos de sua era. Divide-se nas épocas Mississippiana e Pennsylvaniana, da mais antiga para a mais recente.

O Carbonifero tem este nome devido as grandes quantidades de carvão mineral encontradas em formações rochosas da época na Inglaterra, onde foram datadas pela primeira vez rochas do período. Estas grandes formações de carvão tem origem, segundo crêem os especialistas, nas grandes florestas e pântanos que cobriam a maior parte das terras imersas do período. Apesar disto, na América do Norte, a maioria das jazidas de carvão são datados do Pennsylvaniano, enquanto que as rochas do Mississippiano são formadas principalmente calcárias.

Nas florestas desse período ainda predominam licopódios e samambaias (embora com uma diversidade incomparavelmente maior do que nos períodos anteriores), merecendo destaque para as chamadas "samambaias com sementes", hoje extintas.

Dentre os animais, se destaca a extinção total dos graptólitos e a diversificação da vida terrestre, com artrópodes (dentre eles os primeiros animais capazes de voar, insetos semelhantes a libélulas), anfíbios e os primeiros repteis.



Na escala de tempo geológico, o Devoniano ou Devónico, é o período da era Paleozóica do éon Fanerozóico que está compreendido entre 416 milhões e 359 milhões de anos atrás, aproximadamente. O período Devoniano sucede o período Siluriano e precede o período Carbonífero, ambos de sua era. Divide-se nas épocas Devoniana Inferior, Devoniana Média e Devoniana Superior, da mais antiga para a mais recente.

Paleogeografia

Neste período os continentes de Laurentia e Báltica colidem e formam o continente de Euramérica, reduzindo o número de continentes do mundo para três (os outros dois são Sibéria, no norte, e Gondwana, no sul). Os continentes começam a se aproximar cada vez mais, já indicando sua futura união para formar Pangéia. O clima era quente e o nível dos oceanos alto. o que fez com que muitas terras fossem cobertas por mares rasos, onde proliferavam grandes recifes de coral.

Fauna

Durante o Devoniano, ocorre a proliferação dos peixes, que dominam de vez os ambientes aquáticos, motivo pelo qual o Devoniano é conhecido como "a idade dos peixes"; surgem os primeiros tubarões e os placodermos assumem o topo a cadeia alimentar, porém se extinguem no final do período, além disso, é neste período que surgem os primeiros anfíbios. Os graptólitos graptolóides extinguem-se e os trilobites iniciam sua decadência. Neste período também surgem as primeira formas de amonites, que só serão extintos no fianl do período Cretáceo, junto com os dinossauros.

Flora

Com relação as plantas, é neste período que licopódios, samambaias e progimnospermas formamos primeiros bosques.



Na escala de tempo geológico, o Siluriano ou Silúrico é o período da era Paleozóica do éon Fanerozóico que está compreendido entre 443 milhões e 700 mil e 416 milhões de anos atrás, aproximadamente. O período Siluriano sucede o período Ordoviciano e precede o período Devoniano, ambos de sua era. Divide-se nas épocas Llandovery, Wenlock, Ludlow e Pridoli, da mais antiga para a mais recente.

Fauna e Flora

No Siluriano a fauna teve que se recuperar da extinção em massa do final do Ordoviciano, porém ela manteve a predominância de invertebrados, principalmente trilobites, crinóides, euriptéridos (escorpiões marinhos) e cefalópodes; embora os peixes já estivessem de diversificando bastante. Com relação a flora, este período é marcado pelo surgimento das primeiras plantas terrestres.

Historiografia

O período Siluriano foi primeiro identificado por Sir Roderick Murchison, que estava examinado um estrato sedimentar rochoso fóssil ao sul do País de Gales no inicio de 1830. O nome para o período originou-se de uma tribo Celtica do País de Gales, os Siluares, estendendo a convenção que seu amigo Adam Sedgwick tinha estabelecido para o Cambriano. Em 1835 estes dois amigos apresentaram um trabalho conjunto, sob o titulo "On the Silurian and Cambrian Systems, Exhibiting the Order in which the Older Sedimentary Strata Succeed each other in England and Wales", o qual foi o germe da escala geológica moderna. Inicialmente, o período Siluriano se sobrepunha ao período Cambriano, provocando um furioso desentendimento que terminou com a amizade. Charles Lapworth eventualmente resolveu o conflito pela criação do período Ordoviciano.



Na escala de tempo geológico, o Ordoviciano ou Ordovícico é o período da era Paleozóica do éon Fanerozóico que está compreendido entre 488 milhões e 300 mil e 443 milhões e 700 mil anos atrás, aproximadamente. O período Ordoviciano sucede o período Cambriano e precede o período Siluriano, ambos de sua era. Divide-se nas épocas Ordoviciana Inferior, Ordoviciana Média e Ordoviciana Superior, da mais antiga para a mais recente.

Os limites do Ordoviciano são marcados pela ocorrência de graptozoários planctônicos. As rochas são geralmente os argilitos escuros, orgânico que carregam os restos dos graptolitos e podem ter sulfeto de ferro.Naquele período os terremotos eram frequentes.

Paleogeografia

No período Ordoviciano os Continentes ainda eram desérticos , rebaixados por epirogênese e invadidos por extensos mares rasos; o norte dos trópicos era quase inteiramente oceano, e a maior parte terrestre do mundo foi confinada ao sul, o supercontinente Gondwana. Durante todo o Ordoviciano, Gondwana foi deslocado para o pólo sul e muito dele ficou debaixo d'água. Os graptozoários comuns nesse período são ótimos fósseis guias pois delimitam zonas bioestrátigráficas.
O clima do ordoviciano era mais suave com temperaturas médias e a atmosfera muito úmida. Entretanto, quando o Gondwana se estabeleceu finalmente no pólo sul as geleiras maciças tomaram forma. Isto causou provavelmente extinções maciças que caracterizam o fim do Ordoviciano, em que 60% de todos os gêneros e 25% dos invertebrados marinhos de todas as famílias foram extintos.

Fauna e flora
Durante o Ordoviciano, os invertebrados ainda são as formas de vida animal dominantes, porém com formas mais "semelhantes" às atuais do que as do Cambriano.
O Ordoviciano é o mais conhecido pela presença de seus invertebrados marinhos diversos, incluindo graptozoários, trilobitess (estes atingiram seu auge neste período) e braquiopodes. Uma comunidade marinha típica conviveu com estes animais, algas vermelhas e verdes, peixes primitivos, cefalópodes, corais, crinóides, e gastrópodes. Mas recentemente, houve a evidência de esporos trietes que são similares àqueles de plantas primitivas terrestres, sugerindo que as plantas invadiram a terra neste período. A evolução dos protocordados desenvolveram os primeiros peixes sem mandíbulas.

Na escala de tempo geológico, o Cambriano ou Câmbrico é o período da era Paleozóica do éon Fanerozóico que está compreendido entre 542 milhões e 488 milhões e 300 mil anos atrás, aproximadamente. O período Cambriano sucede o período Ediacarano da era Neoproterozóica do éon Proterozóico e precede o período Ordoviciano de sua era. Divide-se nas épocas Cambriana Inferior, Cambriana Média e Cambriana Superior, da mais antiga para a mais recente.

Paleogeografia
Existiam quatro continentes no Cambriano, três pequenos mais ou menos na região entre os trópicos: Laurentia (parte central da América do Norte), Báltica (parte da Europa) e Sibéria (mesma região no oeste russo); e um supercontinente no sul: Gondwana. Todos esses continentes eram de simples rocha nua e estério, já que neste período ainda não existiam plantas, ainda que alguns especialistas acreditem que nas regiões mais úmidas poderia crescer um manto composto de fungos, algas e líquens.

Fauna
Durante o Cambriano, ocorre maior diversificação da vida, evento conhecido como explosão cambriana, devido ao período de tempo relativamente curto em que esta diversidade de espécies aparece.
Os graptólitos dendróides surgem no Cambriano Superior. Os arqueociatos surgem no Cambriano Inferior e extinguem-se no Cambriano Médio.
O Cambriano marca um ponto importante na história da vida na Terra, é o período de tempo em que a maioria dos grupos principais de animais apareceram no registro do fóssil. Hoje sabe-se que os fósseis mais antigos são do vendiano.
Os animais mostraram uma diversificação dramática durante este período da história da Terra. O maior registro de grupos animais ocorreu durante os estágios Tomotiano e de Atdabaniano do Cambriano Superior, um período de tempo que pode ter sido tão curto quanto cinco milhões de anos. Os animais encontrados em todo o mundo são os anelídeos, artrópodes, braquiópodes, equinodermos, moluscos, onicofóros, esponjas, e priapulideos.
A idade Tomotiana, é a última subdivisão do Cambriano Superior. Nomeada devido a exposições da rocha na Sibéria, o Tomotiano viu a primeira radiação principal dos animais, incluindo a primeira aparência de um grande taxa de animais mineralizados tais como braquiopodes, trilobitas, archaeocyatideos, equinodermos.
Os climas do mundo eram suaves; não havia nenhuma glaciação. A maior parte América do Norte se colocava nas latitudes tropicais e temperadas do sul, que suportaram o crescimento de recifes extensivos do archaeocyathideos de água-rasa no Cambriano mais inferior.

Na escala de tempo geológico, o Ediacarano é o período da era Neoproterozóica do éon Proterozóico que está compreendido entre 630 milhões e 542 milhões de anos atrás, aproximadamente. O período Ediacarano sucede o período Criogeniano de sua era e precede o período Cambriano da era Paleozóica do éon Fanerozóico. Como os outros períodos de seu éon, não se divide em épocas.
O nome antigo do período era Vendiano, proposto originalmente por Sokolov em 1952, com base em observações na plataforma siberiana que revelaram espectaculares achados fósseis, então chamados de Fauna Vendiana. No entanto, a Comissão Internacional sobre Estratigrafia da União Internacional de Ciências Geológicas preferiu renomeá-lo recentemente para Ediacarano, que provém das Colinas Ediacara, no sul da Austrália – onde também foram encontrados fósseis similares, que constituem a Biota Ediacarana.


Na escala de tempo geológico, o Holoceno ou Holocénico é a época do período Quaternário da era Cenozóica do éon Fanerozóico que se iniciou há cerca de 11.500 anos e se estende até o presente. A época Holocena sucede a época Pleistocena de seu período. Pode dividir-se em cinco cronozonas baseadas nas flutuações climáticas: o pré-boreal,boreal,atlântico,subboreal e subatlântico.
O Holoceno inicia-se com o fim da última era glacial principal, ou Idade do Gelo. A época é informalmente chamada Antropogeno, por abranger todo o período de civilizações.

Na escala de tempo geológico, o Pleistoceno ou Plistocénico é a época do período Quaternário da era Cenozóica do éon Fanerozóico que está compreendida entre 1 milhão e 806 mil e 11 mil e 500 anos atrás, aproximadamente.
A época Pleistocena sucede a época Pliocena e precede a época Holocena, ambas de seu período. Divide-se nas idades Pleistocena Inferior, Pleistocena Média e Pleistocena Superior, da mais antiga para a mais recente.
No Pleistoceno ocorreram as glaciações mais recentes. O clima e as temperaturas mudaram drasticamente, e o período é hoje estudado por paleontólogos na tentativa de compreender os climas da Terra no passado.
Os fósseis deste período são abundantes, bem preservados, e a datação é precisa. Entre eles, os foraminíferos, diatomáceas e pólen de plantas são muito informativos sobre os paleoclimas. Os paleontólogos estudam atualmente, a partir destes registros, a influência das mudanças climáticas sobre as biotas.

Fauna
Muitos dos gêneros e mesmo espécies que vivem hoje surgiram então. Houve, no entanto, naquele período, um bom número de animais de grande porte hoje extintos, como o mastodonte, o tigre-dente-de-sabre, o bisão-de-chifres-longos. Camelos e cavalos nativos existiam na América do Norte. Um dos maiores animais do Pleistoceno, cujas biotas eram muito semelhantes às atuais, foi o mamute.
Durante o Pleistoceno ocorreu a extinção dos grandes mamíferos e a evolução dos humanos modernos. Uma das teorias sobre essa extinção a atribui em parte à caça pela espécie Homo sapiens.

Na escala de tempo geológico, o Plioceno ou Pliocénico é a época do período Neogeno da era Cenozóica do éon Fanerozóico que está compreendida entre 5 milhões e 332 mil e 1 milhão e 806 mil anos atrás, aproximadamente. A época Pliocena sucede a época Miocena e precede a época Pleistocena, ambas de seu período. Divide-se nas idades Zancleana, Piacenziana e Gelasiana, da mais antiga para a mais recente.

Na escala de tempo geológico, o Mioceno ou Miocénico é a época do período Neogeno da era Cenozóica do éon Fanerozóico que está compreendida entre 23 milhões e 30 mil e 5 milhões e 332 mil anos atrás, aproximadamente. A época Miocena sucede a época Oligocena do período Paleogeno de sua era e precede a época Pliocena de seu período. Divide-se nas idades Aquitaniana, Burdigaliana, Langhiana, Serravalliana, Tortoniana e Messiniana, da mais antiga para a mais recente.

Na escala de tempo geológico, o Oligoceno ou Oligocénico é a época do período Paleogeno da era Cenozóica do éon Fanerozóico que está compreendida entre 33 milhões e 900 mil e 23 milhões e 30 mil anos atrás, aproximadamente. A época Oligocena sucede a época Eocena de seu período e precede a época Miocena do período Neogeno de sua era. Divide-se nas idades Rupeliana e Chattiana, da mais antiga para a mais recente.

Fauna
Os mamíferos multituberculados extinguiram-se no Oligoceno inferior.

Na escala de tempo geológico, o Eoceno ou Eocénico é a época do período Paleogeno da era Cenozóica do éon Fanerozóico que está compreendida entre 55 milhões e 800 mil e 33 milhões e 900 mil anos atrás, aproximadamente. A época Eocena sucede a época Paleocena e precede a época Oligocena, ambas de seu período. Divide-se nas idades Ypresiana, Lutetiana, Bartoniana e Priaboniana, da mais antiga para a mais recente.
Foi no Eoceno que se desenvolveu a diversificação dos mamíferos ungulados e quando surgiram grande parte das linhagens das atuais Angiospermas. Surgiu também a família Polypteridae de peixes actinopterígeos. A ordem de aves pelecaniformes surge pela primeira vez nesta época geológica, com os fósseis de Protophathon, um rabo-de-palha primitivo.

Na escala de tempo geológico, o Paleoceno ou Paleocénico é a época do período Paleogeno da era Cenozóica do éon Fanerozóico que está compreendida entre 65 milhões e 500 mil e 55 milhões e 800 mil anos atrás, aproximadamente. A época Paleocena sucede a época Cretácea Superior do período Cretáceo da era Mesozóica de seu éon e precede a época Eocena de seu período. Divide-se nas idades Daniana, Selandiana e Thanetiana, da mais antiga para a mais recente.
A família Albulidae de peixes actinopterígeos surgiu no Paleoceno inferior.