terça-feira, 16 de outubro de 2012

Geologia III - Imagens


Indicação de filme:
Home - Yann Arthus (link do trailer no Youtube: http://www.youtube.com/watch? v=aiTZMq70R00)
(Yann Arthus é um fotógrafo sensacional, tira fotos a partir de imagens aéreas normalmente, se alguém interessar é só procurar no link: http://images.google.com.br/ images?hl=pt-BR&lr=&resnum=0& q=yann%20arthus&um=1&ie=UTF-8& sa=N&tab=wi)

Imagens e comentários:
A imagem abaixo mostra exatamente o que um terromoto e um deslocamento da falha pode fazer na superfície. Imagem muito interessante.
earthquake-18.jpg


O bloco-diagrama abaixo demonstra o falhamento em salvador como esquematizado no quadro.
Falha_Salvador.jpg

Já a próxima imagem seria a caracterização dos pontos de terremoto e da quantidade deles que ocorreram na superfície terrestre de 1963 a 1998. Foram aproximadamente 358 mil terremotos. O destaque vai para os sismos localizados no domínio intraplaca (no meio da placa tectônica), eles ocorrem, mas normalmente com intensidade menor aqueles verificados nas regiões limítrofes.
2.png

Analisando a imagem anterior pode-se inferir que a bacia do Oceano Pacífico apresenta uma ocorrência mais comum de terremotos em relação a qualquer outra região do nosso planeta. Isso ocorre porque nessa região encontram-se uma grande quantidade de limites convergentes. Isso implica em uma intensidade e quantidade muito grande de sismos, além de Vulcanismo muito intenso. Justamente por isso, chamaos de Círculo de Fogo do Pacífico (na figura "ring of fire").
3.png


O exemplo mostrado abaixo é o da tsunami que ocorreu em 2004, matando mais de 280.000 pessoas. Como o epicentro do terremoto foi no fundo do oceano, esse energia teve que se propagar por esse corpo d´água, gerando dessa maneira maremotos. Essas ondas se alastraram por uma região enorme, atingindo até o sul da África. Mas, pela proximidade (e ocupaçãomaciça das áreas litorâneas), a região que mais sofreu com a Tsunami foi a Indonésia.
4.png

Já essa imagem remete ao famoso Rift Valley africano, região estramemente interessante, que apresenta atualmente a abertura de uma nova bacia ocêanica (limite divergente de placas).
5.png

A próxima seria a formação do chamado Graben. Mas o mais importante de tudo é... saber que o braço de mar vai entrar por essa região mais baixa, e aos poucos inundar toda essa área. Deixando uma imensa bacia de sedimentação de matéria orgânica, determinando a formação das jazidas de petróleo no caso brasileiro, inclusive do pré-sal.

Graben.jpg

Isso é bonito demais...
Enfim!! Att,

Fonte: http://vitingeo.wikispaces.com

Geologia 2: Imagens

Imagens:
Começando pela procura de evidencias paleontológicas por parte de Wegener

Tectônica_Global_-_Deriva_Continental.jpg

Agora este é o perfil que eu vou desenhar na próxima aula, mostrando limites de placas convergentes e divergentes e suas implicações:
Alguns termos estão em inglês mas não se preocupem! O importante é identificar a movimentação e que em alguns lugares, a placa é destruída, e em outros, a placa é construída!
subduccção.jpg

Já a imagem abaixo mostra perfeitamente como um novo oceano se forma! Esse foi o mesmo processo de separação entre as placas Sul-americana e Africana, que criou o oceano Atlântico.
Tectônica_Global_-_Limite_Divergente.jpg


Abaixo, percebe-se claramente as dorsais meso-oceânicas ao longo de todo o planeta. Com destaque para a dorsal meso-Atlântica!

Tectônica_Global_-_Mid-Oceanic_Ridges_(2).jpg

Já agora, identificamos o mapeamento, e a datação das rochas do assoalho (fundo) oceânico. Identifiquem que justamente nos locais das dorsais, faça uma superposição com a imagem anterior, as rochas são mais recentes, e quanto mais afastadas, mais antigas elas são!
Em milhões de anos, vermelho é recente, e azul, são antigas!
Tectônica_Global_-_Idade_das_rochas.jpg

Agora o que eu mostro é o tipo de isostasia que desenhei no quadro: Isostasia baseada em aumento de peso por depósitos glaciais.
Glacio-isostasia.jpg

Esquema básico sobre as falhas transformantes:
Tectônica_Global_-_Limite_Transformante.jpg

E a última imagem de hoje, uma demonstração de falhamento, identificando os pontos de foco, epicentro, relacionados aos abalos sísmicos.


Enfim, por hoje é só, um grande abraço a todos vocês, ótimo estudo durante a semana. Obrigado pelos e-mails de volta como agradecimento.
Continuaremos com o postal, e até o final do ano isso fará muita diferença para os estudos!
Falha-full.jpg


Até mais!!!]

Fonte: http://vitingeo.wikispaces.com

Geologia 1: Imagens

Imagens:
Classificação química:
Crosta (SiAl), Manto (SiMa), Núcleo (NiFe)
Estrutura_Interna_da_Terra.jpg


Abaixo, temos o deslocamento dos fragmentos litosféricos (placas tectônicas) ao longo do tempo geológico. É importante ressaltar que não tivemos apenas um supercontinente como a PANGEA, mas sim vários, que completam ciclos de formação e separação dessas grandes massas continentais.
Tectônica_Global_-_Deriva_Continental_(2).jpg


Abaixo, a subdivisão dessas placas no planeta. Observem o Brasil no centro da placa Sul-americana. Isso confere ao seu território uma relativa estabilidade tectônica. Mas não podemos falar em ausência de terremotos por encontrar-se em um domínio intra-placa, ou seja, no meio desse fragmento da litosfera.
Tectônica_Global_-_Placas.png

Grande abraço a todos!

Placas Tectónicas

Deriva continental - Animação

Deriva continental
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MOVIMENTOS DAS PLACAS TECTÔNICAS.


MOVIMENTOS DAS PLACAS TECTÔNICAS.

PANGEA




Diastrofismo ou tectonismo é um termo geral relativo a todos os movimentos da crosta terrestre com origem em processos tectônicos. Incluem-se a formação de continentes, planaltos, cordilheiras e bacias oceânicas. 
São duas suas subdivisões principais:
Orogênese 
É um conjunto de processos que levam à formação ou rejuvenescimento de montanhas ou cadeias de montanhas produzido principalmente pelo diastrofismo (dobramentos, falhas ou a combinação dos dois), ou seja, pela deformação compressiva da litosfera continental; 

Epirogênese
Que sãos movimentos da crosta terrestre cujo sentido é ascendente ou descendente, atingindo vastas áreas continentais, porém de forma lenta, inclusive ocasionando regressões e transgressões marinha.

ARIZONA- MOVIMENTO EPIROGENÉTICO

A epirogênese atinge áreas continentais formando arqueamentos, intumescências ou abaciamentos de grandes conjuntos geológicos. Os arqueamentos podem ser maiores num ponto e menores em outros, como pode haver levantamentos em um lugar e rebaixamentos em outros. A lentidão desses movimentos dificulta seu reconhecimento, carecendo-se também de um ponto de referência fixo que possibilite a mensuração de extenção da epirogênese.

As principais análises da epirogênese são feitas à beira do mar, porque além de o nível do mar poder ficar fixo por muito tempo, seus movimentos de subida e descida já são bem conhecidos.
Os movimentos do nível do mar são chamados de eustáticos, podendo ser de dois tipos: 
a) Tansgressão, quando o nível do mar se eleva sobre os litorais fixos invadindo os continentes;
b) Regressão, quando o nível das águas baixa sobre uma plataforma litorânea fixa.
As causas da variação do nível do mar são conhecidas como: tectonismo marinho e modificações paleoclimáticas. Como pôde ser visto é grande a dificuldade de pesquisa dos movimentos epirogenéticos.

ISOSTASIA

É um movimento epirogenético de equilíbrio, isto é , com a sobrecarga em uma área vai ocorrer o rebaixamento, sendo liberado o peso, o movimento será de soerguimento lento. É o que aconteceu com a Escandinávia, no quaternário com o acúmulo de gelo.

ISOSTASIA
FALHAS OU FRATURAS- MOVIMENTO EPIROGENÉTICO

Orogênese
Também denominada orogenia é o conjunto de processos que levam à formação ou rejuvenescimento de montanhas ou cadeias de montanhas produzido principalmente pelo diastrofismo (dobramentos, falhas ou a combinação dos dois), ou seja, pela deformação compressiva da litosfera continental.
A orogenia pode ser:
a) Convergente, quando há colisão de placas;
b) Divergente, quando ocorre separação das mesmas. A orogênese convergente traz como consequência a formação de dobramentos, cordilheiras ou fossas. 
Sua área de atuação é marcada pela ocorrência freqüente de sismos e pela presença de vulcões.
Quando os dobramentos datam de uma era geológica recente, (Era Cenozóica) como os Andes, são considerados modernos, e quando datam de uma era geológica antiga, (por exemplo: Arqueozóico e Pré-cambriano) como o Escudo das Guianas, são considerados escudos ou maciços antigos.
CORDILHEIRA DOS ANDES-SUBDUCÇÃO ( placa continental e oceânica)
CORDILHEIRA DO HIMALAIA -OBDUCÇÃO ( DUAS PLACAS CONTINENTAIS SE CHOCAM)

As fossas, por sua vez, são formações recentes, datadas do Cenozóico, por exemplo a Fossa das Marinas. São formadas quando na colisão, uma placa desloca-se para baixo da outra, criando o que costuma-se chamar de Zona de Subducção ou Zona de Benioff. Caracterizam-se por representarem as áreas mais profundas do planeta, por estarem em contacto direto com a astenosfera e por sua grande instabilidade tectônica.

Já a orogênese divergente é responsável pela formação das dorsais, que (em linguagem não técnica) são "cordilheiras submarinas" cujos picos formam ilhas que em sua maioria apresentam intensa atividadevulcânica.DORSAIS OCEÂNICAS

Modelos Geológicos

In order to download these models you will need Adobe AcrobatDownload a free Adobe Acrobat Reader 
From the Geology Block Model book:Download an Earthquake model.
From the Topographic Landform Model and More Topographic Landform Model books:Download a Jetty model.
Click here to learn how to build a topographic landform model.
From thePlate Tectonics Block Modelbook:Download an Ocean Crust model.
From the Oceanography Block Model book:Download a  Groin model.
From theGroundwater Block Model book.
Download an Oasis model.
Composite Cone (Strato-Volcano)
Most  textbooks drawings use vertical exaggeration.  This model, however, is drawn to scale so that your students won't get a distorted picture of these deadly mountains. This model is from theVolcano Block Model book.
Download a Color Version of the composite cone volcano.
Download a Black and White Version of the composite cone.
From the Groundwater Block Models book:
Download a Disappearing Stream model

A Terra - Planeta Azul


A Terra - Planeta Azul

Terra é o terceiro planeta a contar do Sol e o quinto maior.
É o único planeta cujo nome não deriva da mitologia Grega/Romana. O seu nome tem origem Inglesa e Germânica. Na mitologia Romana, a deusa da Terra era Tellus - o solo fértil e na Grécia era Gaia, terra mater - Mãe Terra). Foi só na altura de Copérnico (século XVI) que se compreendeu que a Terra é apenas mais um planeta.
A Terra, claro, pode ser estudada sem a ajuda de satélites. No entanto, foi só no século XX que tivemos mapas do planeta inteiro. Foram tiradas fotografias do espaço, de grande importância e ajuda, principalmente para a meteorologia, especialmente para seguir e prever furacões. E são também, extremamente, bonitas.
A Terra está dividida em várias camadas com propriedades químicas e sísmicas muito variáveis, são elas a crusta, o manto e o núcleo.
A crusta terrestre varia, consideravelmente, em espessura, sendo mais fina debaixo dos oceanos (crusta oceânica - natureza basáltica) e mais espessa porbaixo dos continentes (crusta continental - naturezagranítica). O núcleo interior e a crosta são sólidos; o núcleo exterior e o manto apresentam maior plasticidade ou são semi-fluidos.
As várias camadas estão separadas por descontinuidades que são evidentes com base em dados sísmicos; a mais conhecida é a descontinuidade de Mohorivicic (Moho) entre a crosta e a parte superior do manto.
A maioria da massa terrestre está no manto, estando quase todo o resto no núcleo; a parte que habitamos é apenas uma pequena fracção do todo.
O núcleo é provavelmente composto na sua maioria por uma liga de ferro/níquel, embora seja possível que existam alguns elementos mais leves. As temperaturas no centro do núcleo podem chegar aos 7500 K, mais quentes que a superfície do Sol. O manto inferior é provavelmente formado por rochas com silício, magnésio, oxigénio e ainda ferro, cálcio e alumínio. O manto superior é composto por olivinas e piroxenas (silicatos de ferro/magnésio com algum cálcio e alumínio). Sabemos isto através de métodos indirectos (actividade sísmica) ou directos (análise de amostras do manto superior que chegam à superfície na forma de lava dos vulcões) mas a maioria da Terra está inacessível.
A Terra é o corpo mais denso do sistema solar.
Os outros planetas terrestres (telúricos) têm, provavelmente, estruturas e composição semelhantes, com apenas algumas diferenças: a Lua tem um núcleo pequeno e Mercúrio tem um núcleo extra-largo (relativamente ao seu diâmetro); os mantos de Marte e da Lua são muito espessos; a Lua e Mercúrio poderão não ter crostas quimicamente distintas; a Terra poderá ser o único planeta com um núcleo interior e exterior. No entanto é de notar que o nosso conhecimento dos planetas interiores, e da própria Terra, é na sua maioria teórico. Ao contrário dos outros planetas terrestres, a crosta da Terra está dividida em várias e sólidas placas separadas que flutuam independentemente por cima do manto quente. A teoria que descreve este fenómeno é conhecida como placas tectónicas. É caracterizada por dois grandes processos: extensão e subducção. A extensão ocorre quando duas placas se afastam uma da outra e nova crusta é criada pelo magma que sobe. A subducção ocorre quando duas placas colidem e uma mergulha sob a outra, acabando a primeira por ser destruída pelo manto.

A superfície da Terra é muito jovem. No relativamente pequeno (por padrões astronómicos) período de mais ou menos 500 M.a anos a erosão ou os processos tectónicos destroem e recriam a maioria da superfície da Terra, eliminando assim quase todos os traços de actividade geológica anterior (tal como crateras de impacto). Sendo assim, o princípio da história da Terra foi praticamente apagado. A Terra tem entre 4.5 e 4.6 biliões de anos, mas as rochas mais antigas conhecidas têm cerca de 4 biliões (e as rochas com mais de 3 biliões de anos são raras). Não existem vestígios do período real em que a vida começou a manifestar-se.
Cerca de 71% da superfície da Terra está coberta de água. É o único planeta do Sistema Solar onde a água existe no seu estado líquido à superfície (embora possa haver metano líquido na superfície de Titã ou água líquida por baixo da superfície de Europa). A água líquida é essencial à vida tal como a conhecemos. A capacidade calorífica dos oceanos é também muito importante ao manter a temperatura da Terra relativamente estável. A água líquida é também responsável pela maioria da erosão e pelo desgaste dos continentes da Terra, um processo hoje único no Sistema Solar (embora possa ter ocorrido em Marte no passado).
atmosfera da Terra é composta por: 77% de azoto, 21% de oxigénio, com traços de árgon, dióxido de carbono e água. Provavelmente existiu uma maior quantidade de dióxido de carbono na atmosfera da Terra, quando era mais jovem, mas desde aí foi quase todo incorporado nas rochas carbonatadas - calcários -, quando dissolvido (embora em menos quantidade) nos oceanos ou utilizado, por plantas ou algas, através da fotossíntese. Os processos geológicos e biológicos tem mantido, durante milhões de anos, um ciclo contínuo de dióxido de carbono no meio ambiente. A presença de CO2 na atmosfera é extremamente importante para a manutenção da temperatura à superfície da Terra através do efeito de estufa. Este efeito faz subir a temperatura até mais ou menos 35ºC acima dos que existiriam sem a sua presença (de uns frios -21º C até uns confortáveis +14º C); sem ele os oceanos congelariam e a vida tal como a conhecemos seria impossível.
A presença de oxigénio livre na atmosfera terrestre é também muito importante. A sua presença é devida e mantida através de processos biológicos. Sem vida não haveria oxigénio livre.
Figura: À esquerda toda a água da terra representada numa esfera. Inclui oceanos, glaciares, lagos, rios, água subterrânea e núvens - 1.4087 mil milhões de quilómetros cúbicos.À direita todo o ar na atmosfera junta numa bola - 5140 triliões de quilómetros quadrados. Tudo tão frágil, não é?

A interacção da Terra e da Lua faz diminuir a rotação da Terra cerca de 2 milissegundos por século. Pesquisas recentes indicam que há 900 milhões de anos atrás existiam 481 dias de 18 horas de duração num ano.
A Terra apresenta um campo magnético que se pensa ter origem em correntes eléctricas produzidas no núcleo exterior. Pela interacção com o vento solar, o campo magnético terrestre e as camadas mais altas da atmosfera da Terra causam as auroras. Irregularidades nestes factores fazem com que os pólos magnéticos se movam e até invertam o seu percurso relativamente à superfície.
A Terra tem apenas um satélite natural, a Lua. Apesar de existirem, actualmente, milhares de pequenos satélites artificiais que foram postos na órbita da Terra.
Os asteróides 3753 Cruithne e 2002 AA29 tem relações orbitais complicadas com a Terra; não são na realidade luas, o termo melhor aplicado será "companheiros". É algo semelhante à situação com as luas de Saturno, Jano e Epimeteu.
Adaptado de Astronomia On-line

Dente de Sabre



Smilodon populator
 
© Mário Alberto 
Smilodon fatalis
© Ian Coleman
 

Nome científico: Smilodon populator, S. fatalis e S. gracilis(Dentes de faca). 
Tamanho: S. populator com 3 metros de comprimento, S. gracilis com 1,20 e S. fatalis, 2,50 metros.
Alimentação: carnívora.
Peso: S. populator cerca 500 Kg; S. fatalis 320 Kg. e S. gracilis com 80 Kg.
Viveu: América do Norte e América do Sul, achados no Brasil e Argentina.
Período: Pleistoceno e Holoceno, os mais antigos datam de 2.5 milhões de anos e o mais recente de 10 mil anos.
Onde o Smilodon viveu?
Clique no mapa e descubra!
Quando ele Viveu? 
A área em vermelho na tabela responde esta pergunta!

O Smilodon não tem parentesco direto com os tigres, como sugere seu nome popular, "Tigre-dentes-de-sabre", pois pertence a uma subfamília de felinos extintos, conhecida como Machairodontinae, da qual não resta nenhum membro vivo atualmente. Todos os animais desta subfamília eram providos de caninos longos. Seu nome vem do grego, Smile faca de trinchar carne + Odontos dentes.
O primeiro fóssil descoberto foi encontrado no Brasil, na cidade de Lagoa Santa - Minas Gerais em 1941, pelo pesquisador dinamarquês Peter Wilhelm Lund (1801-1880).
O dinamarquês vivia no Brasil e pesquisava muito na região de Minas Gerais em busca de fósseis, quando finalmente encontrou em uma caverna o fóssil de Smilodon. Por este e outros achados hoje este homem é considerado o pai da pelontologia no Brasil.
Dentre todos os achados, foi possível definir três espécies diferentes desse felino, espécies que você conhece melhor abaixo.
Smilodon populator : É a maior espécie de Smilodon, podia atingir 3 metros de comprimento, 1,20 metro de altura com massa corporal de até 500 quilos. Viveu na América do Sul, sendo os fósseis encontrados em Minas Gerais, como mencionado antes e em São Paulo, assim como na Argentina. Seus caninos eram muito grandes, mediam em média 15 centímetros de comprimento, mas há fósseis que mediam até 18 centímetros. Viveu no Pleistoceno e Holoceno. 

Smilodon populator
© Felipe Alves Elias
Crânio de Smilodon populator
fóssil original na exposição Dinos na Oca em SP 
© Jorge Gonçalves de Macedo
Smilodon fatalis : Esta espécie tem duas subespécies de Smilodons, o Smilodon fatalis californicus e o Smilodon fatalis floridana. Esta espécie viveu no Pleistoceno e Holoceno também, porém era menor que o S. populator, chegava a medir 2,50 metros de comprimento e pesava em torno de 320 quilos. Viveu na América do Norte e do Sul.
Smilodon fatalis comparado a um homem
© Dan Reed 
Crânio de Smilodon fatalis na Dinos na Oca © Jorge Gonçalves de Macedo
Smilodon gracilis : Esta espécie é a mais antiga, viveu entre 2,5 milhões e 500 mil anos, é também a menor espécie conhecida, pesando em torno de 80 quilos apenas. Media somente 1,20 metros e provavelmente é um ancestral dos demais espécimes de Smilodon.

No tamanho, estes grandes predadores equivalem a leões e tigres, porém seu corpo era bem mais robusto, sua massa muscular era maior, principalmente nas pernas dianteiras e pescoço, deixando o animal com um porte semelhante ao de um urso do que de um felino.
Sua principal característica eram os caninos de aproximadamente 15 centímetros de comprimento, projetados para perfurar e ferir profundamente, quando o animal mordia a vítima.
Essas grandes "armas" não eram projetadas para rasgar carne, eram frágeis demais para tal empreitada, podendo quebrar-se durante uma mordida.
Sendo assim, este animal devia utilizar os caninos para perfurar veias do pescoço, como a jugular ou para perfurar a traqueia, aproveitando-se de sua capacidade de abrir a mandíbula em um ângulo de 120 graus, enquanto a abertura de mandíbula dos leões, por exemplo, chega a 65 graus.
Porém se comparada a mordida do Smilodon com de outros felinos de dentes de sabre, é mais fraca, talvez porque o Arco Zigomático desses carnívoros era menor que o dos felinos atuais. Este arco é um osso do rosto por qual passam músculos que ajudam a mover a mandíbula. Sendo menor, o osso não permitia que os músculos crescessem tanto e com isso a mordida seria mais fraca, calculada em aproximadamente um terço da força de uma dentada de um leão.
Então se analisarmos as forças de mordida de vários felinos dentes de sabre, parece que quanto maior os dentes caninos do felino, mais fraca é sua mordida.
O Smilodon desenvolveu pernas mais curtas, porém mais fortes e musculosas do que outros felinos, contendo nas patas dianteiras fortes músculos flexores e extensores, que permitiam ao animal segurar com força presas de grande porte.
Já as pernas traseiras eram dotadas de músculos adutores que ajudam a dar estabilidade ao perseguir uma presa. Como os demais felinos, o Smilodon devia ter garras retrateis.
O comportamento social desses felinos é desconhecido, mas os achados feitos em La Brea Tar Pits, na Califórnia, continham centenas de fósseis da espécie S. fatalis, o que pode sugerir que usavam o comportamento de ataque em bando, aproveitando para comer restos de animais mortos nas armadilhas naturais de piche, ou mesmo atacar animais vivos que ali ficavam presos ao tentar beber água. Uma sugestão é que eram atraídos pelos ruídos dos animais, que provavelmente gritavam ao tentar desatolar-se, uma característica de predadores sociais, que vivem em bandos, afirma Chris Carbone, da Sociedade de Zoologia de Londres, o qual fez pesquisas no Serengueti na África e constatou que somente carnívoros que caçam em bando acabam sendo atraídos por sons de animais presos ou machucados, tocados pelo pesquisador.
Talvez o "Dentes de Sabre" vivesse em bandos, caçando e levando a presa até o bando, e dividindo a comida. Além disso, alguns fósseis apresentavam sinais de doenças e ferimentos, mas que não mataram, ou seja, acabaram se curando. Para que um animal pudesse sobreviver machucado teria que comer presas de outros, pois não teria capacidade de caçar. Podemos supor que os mais fortes caçavam e os restos eram devorados pelos fracos e doentes. Seus dentes caninos ajudavam a afugentar possíveis competidores pela comida. Os machos e fêmeas eram do mesmo tamanho e ambos tinham presas.
Dentre as presas do Smilodon estavam ancestrais dos camelos atuais, cavalos, preguiças gigantes, cervos, mamutes, mastodontes e bisões.
Grandes felinos atuais costumam matar a vítima por estrangulamento, uma empreitada que leva vários minutos, no entanto os Smilodons não deviam fazer isso porque sua mordida não era tão forte.
Pesquisadores acham mais provável que estes animais usassem sua grande massa corporal, jogando seu peso e agarrando a vítima com força com as patas da frente, até derrubá-la no solo, onde poderia mais facilmente atacar sua jugular, cortando a veia ou atingindo a traqueia com os longos caninos, um método rápido, que não precisaria que o felino permanecesse mordendo a vítima por longos minutos. Outra possível arma do Smilodon pode ser sua pelagem, não se sabe exatamente a cor de seus pêlos, mas geralmente predadores deste tipo desenvolvem um padrão de camuflagem, que dá a eles o "elemento surpresa", que pode ser decisivo em um ataque. Segundo os líderes deste estudo, esta técnica pode ter tornado o Smilodon o felino mais eficaz em caçadas, principalmente de grandes presas, se comparado aos leões e tigres atuais. Mas tudo tem dois lados, assim é a técnica de caça do Smilodon, que acabaria ficando dependente do "suprimento" de grandes animais para sobreviver. Isto pode ter contribuído para sua extinção, já que com grandes caninos ficaria mais difícil de capturar presas pequenas e rápidas, que se desenvolviam em um ambiente em estada de mudança.
Em 2008, pesquisadores fizeram um novo estudo e afirmaram que o Smilodon realmente não tem nenhuma característica de caçador solitário, mas sim de caçador social, atacando em bandos como leões. Pensam também que as suas presas longas serviam mais para comportamento social e exibição sexual, para atrair parceiros, do que para caçar.
Estes felinos sumiram da face da terra por volta de 10.000 (dez mil) anos atrás, quando os humanos começavam a evoluir e tomar espaço, sugerindo que os mesmo podem ter ajudado a extinguir essa e outras espécies caçando. Porém alguns afirmam que o fim da era do gelo pode ter alterado radicalmente o clima e a vegetação afetando herbívoros e consequentemente os carnívoros como Smilodon, que acabaram extintos. Porém não faz muito sentido se levarmos em conta que esse animal e seus ancestrais, sobreviveram a mudanças de clima de eras interglaciais.
O Smilodon é um animal relativamente popular, conhecido mundialmente como o "Tigre-dentes-de-Sabre", por isso aparece em vários desenhos, séries e filmes. Uma série de filmes recentes em que o "gatão" é retratado é a animação A Era do Gelo, no qual é o personagem Diego. Também já filmaram um filme chamado Sabretooth (Dentes de Sabre), além de ser mostrado em documentários como Walking with Beasts da BBC e Prehistoric Park, onde Nigel Marven volta no tempo e resgata o animal para livrá-lo da extinção.
Smilodon populator de Walking with Beasts
© 
BBC 

Inclusive uma curiosidade interessante, é que o episódio onde retratam a vida dos "Tigres-dentes-de-Sabre" no documentárioWalking with Beasts da BBC, foi filmado no Brasil, na Chapada dos Veadeiros - Goiás. Confira as fotos da paisagem usada nas gravações. As fotos foram tiradas por Wilker de Almeida, irmão de um amigo, durante viagem na região. Compare a 1º foto da chapada com a foto de uma cena do documentário. 
Chapada dos Veadeiros - Goiás
© Wilker de AlmeidaChapada dos Veadeiros - Goiás
© Wilker de AlmeidaChapada dos Veadeiros - Goiás - Cena de Walking with Beasts
A ave Phorusrhacos observa mamíferos pastando
© BBC 

Também aparece na série de TV inglesa, Primeval, onde anomalias no tempo formam portais que permitem que animais do passado ou futuro viagem pelos portais. Em um episódio um destes grandes felinos acaba sendo trazido ao presente e a confusão gearada por ataques se torna um caos.
Também foi escolhido como mascote e símbolo do time de hockey Nashville Predators, da cidade de Nashville, onde foi encontrado um de seus fósseis durante a construção de um banco.

Fontes: 
  • Wikipedia
  • Carnivora Forum
  • Bichos, Os. São Paulo: Abril, 1972.
  • MENDES, Josué Camargo. Paleontologia Geral. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Téc. Científicos, 1982.
  • Prehistoric Cats and Prehistoric Cat-like Creatures. Disponível em:http://www.messybeast.com/cat-prehistory.htm. Acesso em dezembro de 2006.
  • RICHARDSON, Hazel. Dinosaurs and Prehistoric LifeLondon: Dorling Kindersley, 2003.